A inteligência pode ser reconhecida pelo seu raciocínio lógico onde a razão se faz presente na solução das questões. Entretanto a capacidade de pensar soluções inusitadas e originais requerem mais do que inteligência. Poderíamos dizer que pessoas criativas são consideradas pessoas inteligentes, mas nem toda pessoa inteligente é considerada criativa. Paul Torrance, responsável pelos Testes de Criatividade procura medir a dimensão entre o pensamento lateral ou divergente.
Hoje consideramos como competência pessoal a busca pela inteligência criadora. Uma pessoa inteligente não é aquela que traz capacidades prontas para solucionar desafios, nem a criatividade funciona como um passe de mágica criando soluções do nada. A inteligência criadora é a capacidade de tornar uma adversidade atraente o suficiente para ativar a nossa percepção e usar a razão juntamente com a intuição. Ao se tornar motivado você ativa seu cérebro de forma mais completa e quanto mais aprender a gostar do que está fazendo, maior sua possibilidade de encontrar soluções tanto racionais quanto criativas.
Uma pessoa entusiasmada com os desafios a superar torna-se altamente perceptiva para o inesperado, para encontrar soluções onde ninguém procura, e, é capaz de realizar operações exaustivas com mais disposição, pois está movida por uma alegria e uma vontade interior.
Então, como você solucionaria a questão apresentada na imagem?
Conforme Torrance, o raciocínio vai à busca de respostas lógicas e começa a andar em círculos porque a procura é por algo que se possa colocar dentro da caixa e não por algo que se possa retirar da caixa. Somente rompendo com essa forma racional de pensar é possível perceber que a resposta está no fato da palavra “encher” ter outros sentidos: você “enche” a caixa de buracos, ou seja, somente tirando pedações da caixa é possível torna-la mais leve.
Fonte: NICOLAU, Marcos. Razão & Criatividade: Artigos sobre neurociências e cognição. Revista Eletrônica Temática, 2004.
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